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O blog de Luiz Fernando Lóes

Jesus,

prove

deste

Manancial

















terça-feira, 24 de agosto de 2010

Big Brother do Evangelho


Fico tentando entender a ganância das pessoas pela visibilidade e pelo espaço no púlpito. Como se houvesse alguma vantagem em ocupar tais espaços. Como se biblicamente falando, Jesus tivesse incentivado a discussão entre os discípulos a respeito de quem dentre ele era o maior.
Vivemos uma inversão de valores bem sinistra. Há uma hipervalorização dos testemunhos desgraçados em determinados aspectos. Quanto pior, melhor. Já viu pessoas que contam nos púlpitos a plenos pulmões sobre suas desventuras no tráfico de drogas? Tais histórias são sempre seguidas de gritos de “aleluia” em quase todo tipo de congregação. Isto tem incentivado pessoas a aumentarem seus testemunhos; de modo que aquele cara que “fornecia” um baseado apenas para seu primo, agora transformou-se no maior ex-traficante do estado de São Paulo.
Aceitamos o exagero e valorizamos a desgraça. Porém apenas dentro dos limites da conveniência. Pois quem suportará um pastor que conte no púlpito seu passado enquanto pedófilo; completando que agora que Jesus o salvou, ele se tornou líder do Ministério Infantil. Ah… não importa o quanto o testemunho seja glorioso. Rapidamente todos os pais sairão correndo para salvarem seus filhos do perigo “iminente”.
Curiosamente não há muitos requisitos bíblicos para aqueles que ensinam a palavra de Deus. Como se para se tornar pregador fosse talvez a menos burocrática das funções na vida da Igreja. Tanto que, quando os discípulos censuram um homem que curava “em nome de Jesus”, rapidamente o próprio Cristo insistiu que não deviam proibí-lo. Como se Jesus estivesse dizendo que não importavam as credenciais do pregador. O que valia mesmo é a integridade da mensagem.
Mas há uma categoria de pessoas que se tornaram os desprezados nas comunidades cristãs. São os chamados de diáconos. Os homens do serviço. Aqueles que são de fato os administradores de todas as coisas. Para estes há muitos pré-requisitos. Estes precisam ser bons administradores e de testemunho intocável. Precisam ser pouco dados ao vinho e amantes da piedade.
Na ganância pela visibilidade acabamos por criar monstros que acumulam funções. Tudo sob a desculpa de que há poucos trabalhadores para a seara. E isto é altamente inconcebível, uma vez que até o próprio Cristo terceirizou diversas funções no exercício de seu ministério. Mesmo que isto pudesse custar caro, Ele manteve Judas como o tesoureiro; sabendo que isto não iria terminar muito bem.
Fico tentando entender. Talvez por que eu ainda seja inocente demais. Ou por que haja em nossa geração um clamor pela pureza da mensagem do evangelho.
É como sentir saudades de algo que não conhecemos. Mas que ao mesmo tempo não resta dúvida nenhuma de que seja A VERDADE.
Artigo de Ariovaldo Júnior
http://www.ariovaldo.com.br/

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